A evolução tecnológica da Oftalmologia

A população está envelhecendo e, consequentemente, há um aumento de casos de doenças oculares. A Oftalmologia avançou muito em termos de tecnologia, inclusive, a especialidade médica brasileira é uma das mais respeitadas do mundo.

Com exceção da catarata, que pode ser eliminada pela cirurgia, doenças, como DMRI – Degeneração Macular Relacionada à Idade, retinopatia diabética e glaucoma que possuem a idade como fator de risco, são crônicas e, portanto, exigem acompanhamento médico. Para se ter uma ideia, essas doenças representam 75% dos custos da assistência médica. Isso significa que, a partir dos 40 anos de idade, as consultas oftalmológicas periódicas são decisivas para a qualidade de vida.

Devido ao progresso das pesquisas na área de Oftalmologia, realizadas nas maiores instituições do mundo, hoje, os cidadãos têm acesso a diversos tratamentos eficientes e inovadores. No congresso promovido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em 2019, foi discutido um dos assuntos que mais revolucionou a Medicina oftalmológica: o uso de lasers. A tecnologia, usada de forma pioneira pela especialidade, está em constante evolução, possibilitando aplicações diagnósticas e terapêuticas cada vez mais precisas. Por isso, é considerada uma das mais importantes usadas na Oftalmologia.

O uso de lasers pode servir para problemas, como o glaucoma, ou ainda corrigir o grau para quem tem miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Além desses, a cirurgia utilizando essa abordagem pode ajudar o paciente que tem presbiopia, conhecida como “vista cansada”.

O laser de micropulso amarelo, por exemplo, aumenta o espectro de indicações para uma gama importante de doenças. Entre os exemplos, estão a retinopatia diabética, edema da mácula e retinopatia serosa central. Diabéticos e pacientes com a retinopatia serosa central são os principais beneficiados pelo método.

O CBO continua discutindo diferentes temas relacionados à inovação e tecnologia como caminhos para a evolução da Medicina. Nos últimos congressos, diversas experiências e exemplos de inteligência artificial, aplicados no auxílio de diagnósticos e tratamentos de doenças oculares, foram abordados em exposições, palestras e aulas. Este ano não foi diferente. Visando identificar novas oportunidades de inovação, o Conselho apresentou, em seu congresso realizado em setembro, as mais modernas tecnologias disponíveis na prática oftalmológica.